O motorista e empresário Paulo Longobardi vem alertando, desde dezembro de 2008, problemas na BR-101, quando elaborou um manual prático para condução de veículos de passeio em rodovias, para os cuidados da direção em autopista. Na quinta-feira se tornou mais vítima da rodovia, quando sua BMW Z4 se chocou com um barranco e capotou. Segundo Longobardi, além de óleo na pista, chovia e o carro derrapou, perdendo o controle da direção. “Não basta aconselhar ou obrigar os motoristas circunstanciais a trafegarem em velocidades reduzidas, uma vez que em estradas, essa atitude depende de alguns fatores, pode até provocar acidentes. O motorista experiente e consciente deve, sobretudo, regular sua própria velocidade”, relata um trecho do manual.
Chefe da 10ª DPRF/Campos opina sobre as principais causas do número elevado de acidentes no período
Para o chefe da 10ª DPRF/Campos, inspetor Iuri Guerra, bem mais que fazer um controle de velocidade, outros fatores contribuem para o elevado número de acidentes na rodovia. “A quantidade de acidentes não está associada às curvas. Temos registrado grandes índices em uma pista com muitas retas”, relata ponderando: “As pessoas acham que podem dirigir nas rodovias da mesma forma do que na cidade, mas é bem diferente. Um exemplo é esse período. Tem gente que tira a habilitação para o Carnaval e a pessoa não tem vivência de pista para encarar uma via. Outras, por serem habilitadas há muito tempo, acham que sabem tudo, mas têm muito vício de direção”, diz.
Sobre o trabalho da PRF numa rodovia sob concessão Iuri destaca: “Temos duas realidades nas regiões Norte e Noroeste Fluminense. Uma que é a BR-356, de responsabilidade do Governo Federal, outra, a BR-101, administrada pela Autopista, onde as condições de trabalho são bem diferentes pela vantagem, principalmente em relação aos acidentes, com a desobstrução de pista e a sinalização, isso facilita o trabalho da PRF, além de ser um avanço muito grande”, explica, lembrando que o trabalho na BR-356 é mais moroso devido à falta de equipamento adequado, que a concessionária possui e a PRF não.
Concessionária enumera intervenções
De acordo com a Autopista, desde que assumiu a BR-101, em 2008, muitas ações estão sendo desenvolvidas para dar mais segurança e melhorar a qualidade da rodovia. “A concessionária realizou um estudo técnico no qual foram identificados pontos críticos ao longo da BR-101 RJ/Norte. Os pontos onde são previstos reforço de sinalização e dispositivos de segurança sofrerão intervenção durante este ano. Já os pontos que necessitam passar por obras não previstas pelo Programa de Exploração da Rodovia (PER) do contrato de concessão deverão ser analisadas e aprovadas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Apesar do aumento no volume de veículos registrado ao longo dos anos, houve queda de 6,5% no número de mortes, quando se compara 2011 e 2010”, informou a Assessoria de Imprensa, em resposta a questionamentos de O Diário.
Também foi destacada pela concessionária a operação da rodovia: “Os serviços de atendimento aos usuários da BR-101/RJ Norte englobam socorro médico e mecânico, inspeção de tráfego e atendimento via 0800, entre outros. Em 2011 foram realizados cerca de 110 mil atendimentos, dos quais 90 mil foram socorro mecânico”.
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